quinta-feira, 14 de julho de 2011

INQUIETAÇÃO

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Talvez as coisas que mais me intriguem nesta vida sejam
o fato d'eu não ser tão má a ponto de parar nas páginas policiais,
nem tão boa a ponto de merecer um dia a beatificação.

Não escreva com o esmero que mereça uma publicação,
nem com desqualificação que não mereça fieis leitores.

Não seja a melhor mãe do mundo,
mas seja a mãe que posso ser:
do macarrão de forno e do bolo de caixinha.

Não tenha a melhor mãe do mundo,
mas ame a que tenho.

Alias, se alguém sabe o endereço da melhor mãe do mundo,
favor manter em segredo!
Isso é assunto muito delicado, cada um que tenha opinião própria!

Na verdade, nem tudo aqui é verdade o tempo todo,
algumas vezes acho que sou muito má, e sinto culpa,
outras, acho-me muito boa e é maravilhoso,
alguns dias me sinto a melhor mãe do mundo,
quase sempre sei que não sou e dái? Sou uma boa mãe.
Mas, tenho expectativas de ser lembrada como  a melhor.
Assim como me lembro da minha, com o entendimento que tenho hoje, sei que foi a melhor,
porque fez o melhor que pode.

sábado, 9 de julho de 2011

O OLHAR

Tela: Teresa Robalo
Na minha vida tenho percebido o mundo pela práxis do olhar,
por um olhar fui fisgada pelo homem amado,
ainda guardo na memória o olhar marcante da minha filha logo após o parto,
como me olho define minhas ações, meu humor,
como me olho, me olham.

Como olho?
Como olho a mim? Como olho ao mundo?
Não é um olhar estático. Antes, mutável.
Às vezes ámavel, tolerante.Às vezes sárcastico, repugnante.

Quando agradecido, apega-se às maravilhas que me cercam,
aos raios de sol que vencem as nuvens.
Quando entorpecido pelo dissabor, agarra-se ao pouco que falta e sempre há de faltar ,
para não enxergar.

sábado, 2 de julho de 2011