sexta-feira, 13 de maio de 2011

MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE UM ADOLESCENTE




Hoje minha escrita não é suficiente
não vai dar,
minha voz não quer calar
preciso gritar, extravasar
para que eu possa ser ouvido pela mãe África
em suas terras banhadas de sangue,
o mesmo que escorre de meu coração estraçalhado.

As pernas não podem caminhar,
não sou mais criança,
fui moldado por adultos incapazes de entenderem meus anseios
meus  ‘lutos’ juvenis.

Quero declarar que não sou mais criança de comercial,
nem serei um adulto padrão  Global,
quis ser um adolescente normal.

Vocês não souberam me entender.
Agora nem caibo no rótulo que me deram

De uma maneira ou de outra
parabéns, conseguiram.
Aqui jaz um adolescente.
Baixinho escuto uma canção:
“Paz sem voz, não é paz é medo”



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